22 julho, 2010

Sailing

Ao ler a análise da viagem de Abby de Contardo Calligaris, não pude deixar de me colocar no lugar dela e de pensar nos pais dela como meus. Desde meados do ano passado, minha ida para Londres é meu objetivo de vida. Planejo, programo e quanto mais perto fica, mais entusiasmada fico. No entanto, ir ou não, infelizemente, não depende só de mim. Questões financeiras, melhor dizendo, o pão durismo do meu pai, entrou no meu caminho, abaixo então, fica o registro do e-mail que mandei para minha mãe em defesa do meu despendimento:

Mãe, encaminha esse texto para o Pai e diz que se ele quiser, eu velejo até a Inglaterra para que ele economize na passagem. Não é possível que questões financeiram virem empecilho para meu crescimento e a projeção do meu futuro. Eu nunca vou me desprender da minha adolescência tosca e dependente se não tiver oportunidade de me virar no lugar que eu sempre sonhei. Deixa eu errar na minha jornada por lá, os repetidos erros daqui já me saturaram. Tenho coisas demais na cabeça e o sufoco dessa cidade não as deixa sair, entrei em inércia. Preciso de um lugar onde não importa de onde eu vim, só para onde quero ir, preciso de pessoas que não conhecem quem eu fui, só se interessam em quem vou me tornar. Minhas ideias são ousadas demais para mentalidade do mundinho onde eu vivo, preciso expandir horizontes, aprender coisas novas, desapegar, me entender e então entender melhor tudo que me cerca. Porém, para tal, preciso de um local onde não haja interferência, onde eu possa olhar para dentro sem medo, sem que quem se preocupa comigo tente me analisar e me compreender quando nem eu o faço. Quero esquecer os interrogatórios, as tentativas intermináveis de saber o que se passa, a insistência. Preciso me focar em algo que me consuma, um objetivo, algo que eu quero tanto que me faz sorrir só de pensar. Não aguento olhar para os lados e lembrar de tudo que me prende aqui, cada uma das coisas que me amarraram um pouco me impedindo de crescer. Lembro de estar na Alemanha e me sentir livre, de poder dizer qualquer coisa para qualquer pessoa e pensar "não tem problema, nunca mais vou vê-lo na vida", é a melhor sensação que existe. O Allan me disse que eu sou assim, enjôo de tudo com facilidade, preciso de mudança constante, não paro sempre no mesmo lugar. Já estou estática por tempo demais. "De que adianta ir embora se teus problemas vão ficar aqui te esperando?" tu me dirias, eles realmente não vão desaparecer, mas quando eu voltar eu vou estar pronta para lidar com eles da melhor maneira possível. Eu preciso desse tempo, três meses não são suficientes. Preciso do meu curso de arte, tudo isso aqui dentro precisa sair de alguma forma sadia. Em três meses, eu teria um diploma de utilidade mínima, perderia o semestre e passaria outros três meses de melancolia enclausurada nessa cidade ovo. Eu sei que é um investimento e tanto, mas é tudo que eu mais quero na vida. Eu estou disposta a abrir mão do que for em prol disso, pouco me importa o que eu vou deixar de fazer ou de ter, eu preciso disso como jamais precisei de outra coisa. E eu sei o que tu vais pensar, que é exagero, que eu estou fazendo uma coisa tomar proporções maiores do que merece, mas é porque tem proporções muito maiores que eu posso medir. Não é só um intercâmbio ou uma viagem de estudos para o exterior, é o meu sonho, meu tempo, meu futuro. Eu não posso me conformar em ter que esperar por isso ou ter que fazê-lo pela metade, não de novo. Reavaliem, é só o que eu peço.
Um beijo,
Lana

17 julho, 2010

She's in love with tragedy

Não sei como lidar com isso. Ando com uma visão meio distorcida de tudo, tu és sinônimo de tudo que me fez sofrer e eu ainda sou completamente ligada a ti. Em cinco minutos, tu consegues virar minha cabeça do avesso, fazer meu estômago embolotar e meu coração bater mais rápido. Não sei se me intriga mais o fato de ter demorado tanto para tu voltares, ou o porquê de tê-lo feito.
Parece que o tempo apagou meu rancor... ainda procuro o teu rosto nas multidões, a placa do teu carro nos congestionamentos e um pouco de ti em todo cara com quem me envolvo. Tu és a pior e a melhor coisa que já me aconteceu. "Nós" é um idealismo inatingível, somos parecidos e diferentes demais para juntarmos o "eu" e o "tu" de maneira que dê certo.
Nosso romance tem mais cara de tragédia. Espontaneidade, amor carnal, pedidos de casamento, poemas realistas, intimidades, sumissos, decepção e enfim, o fim. Nossa história é um filme de final triste, daqueles que mudam as pessoas, as deixam frias. Depois dela, não me permito mais sentir por inteiro, ainda estou amarrada a toda intensidade que tu representas.
You were a wreck but I loved you, you were a wreck but so was I. Eu me quebro e me conserto para poder quebrar de novo, mas esqueci uns pedaços por aí. É incompreensível para os que vêem de fora a minha insistência em não te excluir da minha vida, mas o que tivemos foi único, meio que só nosso... como um número 1, só que... sem picles.



"I hate the way you talk to me, and the way you cut your hair. I hate the way you drive my car. I hate it when you stare. I hate your big dumb combat boots, and the way you read my mind. I hate you so much it makes me sick; it even makes me rhyme. I hate it, I hate the way you're always right. I hate it when you lie. I hate it when you make me laugh, even worse when you make me cry. I hate it when you're not around, and the fact that you didn't call. But mostly I hate the way I don't hate you. Not even close, not even a little bit, not even at all."

02 julho, 2010

Oh no

Here comes that sun again, that means another day without you my friend. And it hurts me to look into the mirror at myself and it hurts even more to have to be with somebody else... And it's so hard to do and so easy to say, but sometimes, you just have to walk away... So many people to love in my life why do I worry about one? But you put the happy in my ness, you put the good times into my fun! And it's so hard to do and so easy to say, sometimes you just have to walk away (and head for the door). We've tried the goodbyes so many days, we walk in the same direction so that we could never stray... They say if you love somebody, then you have got to set them free! But I would rather be locked to you than live in this pain and misery! They say that time, will make all this go away, but it's time that has taken my tomorrows and turned them into yesterday. And once again that rising sun is a droppin' on down and once again you my friend are no where to be found! So har to do and so easy to say, but sometimes, sooometimes you just have to walk away...