18 outubro, 2010

Sem átomos

Que eu não veja obstáculos na união de corações sinceros
O amor não se turva em águas curvas, nem se curva ante a chuva
Não.
É uma luz constante que a tempestade não altera
É a estrela de toda nau errante, de brilho claro, embora sem matéria
Não é joguete do tempo, embora a carne sofra o peso de sua foice
Se isso for falso e provado também, eu não escrevi, e nunca se amou ninguém

10 outubro, 2010

The beauty


- Essa é uma das mulheres mais bonitas do mundo na minha opinião.
- Não.
- Na MINHA OPINIÃO, eu frizei isso.
- Tua opinião tá muito equivocada.
- Quem é a mulher mais bonita do mundo na tua opinião?
- Tu.

02 outubro, 2010

Three words, eight letters.

- Me fala algo importante.
- Como assim algo importante?
- Qualquer coisa, mas que seja importante.
- Não to entendendo.
- A primeira coisa importante que te vem à cabeça!
- Hm...
- Tá demorando muito, a PRIMEIRA que te vem à cabeça, vamo!
- A primeira coisa importante que eu pensar?
- É.
- Eu te amo.

12 setembro, 2010

Me and you, just us two

I just want to look at you, look at you all day, there ain't nothing wrong, no.

22 julho, 2010

Sailing

Ao ler a análise da viagem de Abby de Contardo Calligaris, não pude deixar de me colocar no lugar dela e de pensar nos pais dela como meus. Desde meados do ano passado, minha ida para Londres é meu objetivo de vida. Planejo, programo e quanto mais perto fica, mais entusiasmada fico. No entanto, ir ou não, infelizemente, não depende só de mim. Questões financeiras, melhor dizendo, o pão durismo do meu pai, entrou no meu caminho, abaixo então, fica o registro do e-mail que mandei para minha mãe em defesa do meu despendimento:

Mãe, encaminha esse texto para o Pai e diz que se ele quiser, eu velejo até a Inglaterra para que ele economize na passagem. Não é possível que questões financeiram virem empecilho para meu crescimento e a projeção do meu futuro. Eu nunca vou me desprender da minha adolescência tosca e dependente se não tiver oportunidade de me virar no lugar que eu sempre sonhei. Deixa eu errar na minha jornada por lá, os repetidos erros daqui já me saturaram. Tenho coisas demais na cabeça e o sufoco dessa cidade não as deixa sair, entrei em inércia. Preciso de um lugar onde não importa de onde eu vim, só para onde quero ir, preciso de pessoas que não conhecem quem eu fui, só se interessam em quem vou me tornar. Minhas ideias são ousadas demais para mentalidade do mundinho onde eu vivo, preciso expandir horizontes, aprender coisas novas, desapegar, me entender e então entender melhor tudo que me cerca. Porém, para tal, preciso de um local onde não haja interferência, onde eu possa olhar para dentro sem medo, sem que quem se preocupa comigo tente me analisar e me compreender quando nem eu o faço. Quero esquecer os interrogatórios, as tentativas intermináveis de saber o que se passa, a insistência. Preciso me focar em algo que me consuma, um objetivo, algo que eu quero tanto que me faz sorrir só de pensar. Não aguento olhar para os lados e lembrar de tudo que me prende aqui, cada uma das coisas que me amarraram um pouco me impedindo de crescer. Lembro de estar na Alemanha e me sentir livre, de poder dizer qualquer coisa para qualquer pessoa e pensar "não tem problema, nunca mais vou vê-lo na vida", é a melhor sensação que existe. O Allan me disse que eu sou assim, enjôo de tudo com facilidade, preciso de mudança constante, não paro sempre no mesmo lugar. Já estou estática por tempo demais. "De que adianta ir embora se teus problemas vão ficar aqui te esperando?" tu me dirias, eles realmente não vão desaparecer, mas quando eu voltar eu vou estar pronta para lidar com eles da melhor maneira possível. Eu preciso desse tempo, três meses não são suficientes. Preciso do meu curso de arte, tudo isso aqui dentro precisa sair de alguma forma sadia. Em três meses, eu teria um diploma de utilidade mínima, perderia o semestre e passaria outros três meses de melancolia enclausurada nessa cidade ovo. Eu sei que é um investimento e tanto, mas é tudo que eu mais quero na vida. Eu estou disposta a abrir mão do que for em prol disso, pouco me importa o que eu vou deixar de fazer ou de ter, eu preciso disso como jamais precisei de outra coisa. E eu sei o que tu vais pensar, que é exagero, que eu estou fazendo uma coisa tomar proporções maiores do que merece, mas é porque tem proporções muito maiores que eu posso medir. Não é só um intercâmbio ou uma viagem de estudos para o exterior, é o meu sonho, meu tempo, meu futuro. Eu não posso me conformar em ter que esperar por isso ou ter que fazê-lo pela metade, não de novo. Reavaliem, é só o que eu peço.
Um beijo,
Lana

17 julho, 2010

She's in love with tragedy

Não sei como lidar com isso. Ando com uma visão meio distorcida de tudo, tu és sinônimo de tudo que me fez sofrer e eu ainda sou completamente ligada a ti. Em cinco minutos, tu consegues virar minha cabeça do avesso, fazer meu estômago embolotar e meu coração bater mais rápido. Não sei se me intriga mais o fato de ter demorado tanto para tu voltares, ou o porquê de tê-lo feito.
Parece que o tempo apagou meu rancor... ainda procuro o teu rosto nas multidões, a placa do teu carro nos congestionamentos e um pouco de ti em todo cara com quem me envolvo. Tu és a pior e a melhor coisa que já me aconteceu. "Nós" é um idealismo inatingível, somos parecidos e diferentes demais para juntarmos o "eu" e o "tu" de maneira que dê certo.
Nosso romance tem mais cara de tragédia. Espontaneidade, amor carnal, pedidos de casamento, poemas realistas, intimidades, sumissos, decepção e enfim, o fim. Nossa história é um filme de final triste, daqueles que mudam as pessoas, as deixam frias. Depois dela, não me permito mais sentir por inteiro, ainda estou amarrada a toda intensidade que tu representas.
You were a wreck but I loved you, you were a wreck but so was I. Eu me quebro e me conserto para poder quebrar de novo, mas esqueci uns pedaços por aí. É incompreensível para os que vêem de fora a minha insistência em não te excluir da minha vida, mas o que tivemos foi único, meio que só nosso... como um número 1, só que... sem picles.



"I hate the way you talk to me, and the way you cut your hair. I hate the way you drive my car. I hate it when you stare. I hate your big dumb combat boots, and the way you read my mind. I hate you so much it makes me sick; it even makes me rhyme. I hate it, I hate the way you're always right. I hate it when you lie. I hate it when you make me laugh, even worse when you make me cry. I hate it when you're not around, and the fact that you didn't call. But mostly I hate the way I don't hate you. Not even close, not even a little bit, not even at all."

02 julho, 2010

Oh no

Here comes that sun again, that means another day without you my friend. And it hurts me to look into the mirror at myself and it hurts even more to have to be with somebody else... And it's so hard to do and so easy to say, but sometimes, you just have to walk away... So many people to love in my life why do I worry about one? But you put the happy in my ness, you put the good times into my fun! And it's so hard to do and so easy to say, sometimes you just have to walk away (and head for the door). We've tried the goodbyes so many days, we walk in the same direction so that we could never stray... They say if you love somebody, then you have got to set them free! But I would rather be locked to you than live in this pain and misery! They say that time, will make all this go away, but it's time that has taken my tomorrows and turned them into yesterday. And once again that rising sun is a droppin' on down and once again you my friend are no where to be found! So har to do and so easy to say, but sometimes, sooometimes you just have to walk away...


27 junho, 2010

Cadê?

Ando perdendo muito mais do que posso encontrar. As coisas vêm tendo cada vez menos sentido. Tudo que parece não é, mas tudo que não parece é. Todo mundo aqui é maluco. As máscaras caem e os monstros cobertos tornam-se visíveis, a hipocrisia escorre e contamina os outros. Aqueles que já foram ouro, passam a valer menos que latão. Pela minha cabeça passam desde planos de vingança até discursos e lições de moral. Quando a raiva passa, porém, me resta essa tristeza vazia, sem direção ou limite, que engloba perdas nos mais variados sentidos. Quem deveria ficar está indo embora e aqueles que deveriam partir, insistem em permanecer. Parece que está tudo do avesso, mas não basta a vontade de um para desvirar. Luto contra o meu egoísmo doentio enquanto tem gente tentando adquiri-lo. Os valores estão invertidos, assim fica difícil viver são. Qualquer rastro de entendimento se destrói com a chegada de uma informação nova. And I'm so far from not caring.

23 junho, 2010

Ai

It hurts like it never did before, in a way that seems it's never gonna stop. The pain consumes my heart, eats my brain and ties my body up. It's like I'll never be the same again, I probably won't. I feels like dying, only I'm still here to watch everything fall appart. You left again and things just stoppped making any sense. I said I wanted you to be happy, I do, even if it makes me sad all over again. I sould've seen it coming, though, you're special, unique, so someday someone, other than myself, would see that. I can't even write anything close to an explanation for this. Yesterday was like reliving some of the past we didn't remember anymore and it kills me not to know when or if I'm ever gonna see you again. Losing is bad. Worse than anything that's happened before. I feel lost and I don't think I'll be able to find myself any time soon, maybe I don't want to.

Today is gonna be the day
That they're gonna throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you gotta do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now
Backbeat, the word was on the street
That the fire in your heart is out
I'm sure you've heard it all before
But you never really had a doubt
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now
And all the roads we have to walk are winding
And all the lights that lead us there are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how
Because maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall
Today was gonna be the day
But they'll never throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you're not to do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now
And all the roads that lead you there were winding
And all the lights that light the way are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how


Some say you should set the ones you love free, but maybe I love you too much for that. Or maybe it's just bullshit.

22 junho, 2010

Crazy

Tem tantas coisas acontecendo na minha mente que as palavras não se organizam. Tento escrever qualquer coisa que faça sentido e pareço ainda mais maluca. Preciso de um tempo. Organizar minhas ideias, colocar a cabeça no lugar, parar um pouco. Esse ritmo está me enlouquecendo, juro.

13 junho, 2010

As ruas


E se eu pensar que não gosto de você
Será que vai ser mais fácil acordar e não te ver?
Mas continuo a procurar
Uma maneira de mudar nossa rotina
De não ter a mesma vida
Eu nunca sei
Quando vou poder lhe ver
As ruas em que você caminha
Passam bem longe das minhas
Aonde está você?
Se for pra amar o seu retrato
Ficar imaginando os fatos
Prefiro nem viver
Mas quando você aparece
A minha mente sempre esquece
De tudo que jurei
Enquanto você não estava
Eu madrugava pela casa
Procurando você

05 junho, 2010

Entre lençóis

O despertador toca e, sem sequer abrir os olhos, desligo-o. Me estico um pouco, coço a barriga e olho para direita para ter certeza de que tu não és um sonho. Tu estás ali, se movendo devagar com os olhos entreabertos e a cara amassada. Mesmo assim, te enxergo cheio de beleza. Fico te observando enquanto esfregas os olhos e, dessa vez, os abre definitivamente. Tu me vês, enfim, passa o dedo na ponta do meu nariz e sorri. Eu sorrio de volta e ficamos ali, por longos minutos que parecem horas, deitados na cama de casal dos meus pais, dividindo um edredon de solteiro e olhando um para o outro. Sentimo-nos vivos, intensos e completos. Até som dos carros na rua e a luz do dia, que entra pelos buracos da persiana mal fechada, são belos quando é tu quem está ao meu lado. Tento virar para o outro lado para então me levantar, mas tu me segura, me olha fixamente e diz "Fica um pouco". Não consigo te negar nada, então fico. Adormeço novamente e quando acordo tu não estás mais lá, vejo, porém, um lírio e um bilhete "Espero que eu seja teu favorito, como o lírio é, volto mais tarde". Pego o lírio, cheiro-o e meus olhos se enchem de lágrimas. Tu és meu favorito tanto quanto lírios, sorvete de morango ou Londres. Meu amor, meu único, meu meu.



É, meus sonhos dariam ótimos livros.

04 junho, 2010

Nota mil

Eu queria serespaperconfi com você, droga!


- Quanto tempo é um tempo?
- Não sei, um tempo...
- Vou contar até 100...
- Conta até 1000.

03 junho, 2010

A lot like love

I do two

Bem assim.

I do

Sabe quando eu falo em me importar menos? É disso que eu estou falando.

31 maio, 2010

Dois

Eu costumava me comparar com a Samantha, não sei ao certo porquê. Um pouco de ninfomania, extroversão e irreverência? Talvez. Depois de hoje, porém, comecei a me pensar como a Carrie. Tenho sérios problemas com compromissos apesar de sempre estar procurando por eles. Me concentro melhor sozinha, escrevo tudo que penso e preciso fugir de tudo e todos para colocar a cabeça no lugar. Meu humor vai de 0 a 100 em segundos e sempre acho que sapatos me atendem mais que homens. Quase tão materialista quanto sentimental, eu encontro um valor afetivo em tudo que é material e alguma futilidade em tudo que é sensível. Guardo mais amores que rancores e meu passado sempre me balança ou até me derruba. Sou dessas que gosta de diamantes pretos, não usa anel de compromisso, quer toda atenção do mundo mas precisa de uns dias de folga de qualquer coisa, ainda mais de relacionamentos. Faço de conta que não me surpreendo, planejo cada detalhe de cada segundo que eu vou viver, mas um elogio que eu não esperava me derrete toda. Me faço de fria, mas sou tão romântica e bobona quanto qualquer mulher apaixonada. Escrevo sobre ser solteira e encontro verdadeiros infernos em relações sérias. Conheço uns e outros mas passo a vida inteira tentando fazer com que aquele homem que eu amo, meu único, me ame de volta e, quando finalmente consigo, jogo tudo por água abaixo. Tenho amigas inseparáveis e dependo delas para todas as decisões, apesar de sempre fazer o contrário do que elas me aconselham. Gosto das coisas do meu jeito, faço cara feia quando algo me desagrada e sou péssima com mentiras. Faço de tudo para que as coisas não percam o brilho, me esforço até demais. Enjôo de tudo com facilidade, mudo conforme a lua e, às vezes, mais que ela. Digo que não ligo, beijo bocas estranhas, tomo um ou dois drinks, compro vestidos novos, viajo para lugares impressionantes e escrevo cada pedacinho disso em milhões de documentos que dariam um livro. Mas, pensando bem, tudo o que eu queria era nós dois no sofá, vendo filmes em preto e branco com comida pedida em casa. Me and you, just us two. O que há de errado em um sofá, afinal?

Convite

Te proponho uma passagem de ida. Nós dois na classe econômica, um na janela e outro no meio, um bebê chorando no banco de trás e nossos olhos cansados. Tu deitado no meu ombro de olhos fechados e eu narrando o formato das nuvens que vejo através da janela. Nossas duas malas pequenas, cheias de boas lembranças, vontades novas, sentimentos antigos. Nelas vão nossas roupas mal dobradas, meia dúzia de libras perdidas e a esperança de encontrarmos tudo que deixamos para trás em outro lugar. Eu, tu e mais ninguém, um completando o outro em qualquer lugar que não seja aqui. Sapatos velhos, pés sujos, um chafariz onde molhamos as mãos, sanduíches baratos e risadas longas. Nós falando português bem alto só porque ninguém entende, implicando com guardas de trânsito, entrando em restaurantes chiques e pedindo o prato mais caro mesmo sem ter dinheiro para pagar. Fugir desse restaurante, dar voltas e voltas correndo pelas ruas rústicas desse lugar qualquer e depois sentar em um banco velho para respirar. Uma pensão cuidada por uma senhora caduca, um toca discos, lençóis machados e nossa cama de casal improvisada. Eu dormindo com tuas camisas e tu me fazendo cócegas. Passaportes perdidos, telefones desligados, um resto de esmola e felicidade sem tamanho. Só nós, nossas bolsas, o poder e a beleza de nossa juventude. Tudo isso regado com muito amor boêmio. Uma vida inteira em uma mala de mão, sonhos em uma cabeça infantil, lágrimas de alegria e teu mindinho encostando no meu.
Então, vamos?


Freedom is power.

26 maio, 2010

(just like that)

É.

23 maio, 2010

It's amazing how someone can break your heart, but you still love them with all the little pieces.

- Até contigo!
- Sim, mas eu te perdôo.
- Não vai.
- Tenho que ir.
Então ela beijou a ponta do nariz dele e saiu.