27 junho, 2010

Cadê?

Ando perdendo muito mais do que posso encontrar. As coisas vêm tendo cada vez menos sentido. Tudo que parece não é, mas tudo que não parece é. Todo mundo aqui é maluco. As máscaras caem e os monstros cobertos tornam-se visíveis, a hipocrisia escorre e contamina os outros. Aqueles que já foram ouro, passam a valer menos que latão. Pela minha cabeça passam desde planos de vingança até discursos e lições de moral. Quando a raiva passa, porém, me resta essa tristeza vazia, sem direção ou limite, que engloba perdas nos mais variados sentidos. Quem deveria ficar está indo embora e aqueles que deveriam partir, insistem em permanecer. Parece que está tudo do avesso, mas não basta a vontade de um para desvirar. Luto contra o meu egoísmo doentio enquanto tem gente tentando adquiri-lo. Os valores estão invertidos, assim fica difícil viver são. Qualquer rastro de entendimento se destrói com a chegada de uma informação nova. And I'm so far from not caring.

23 junho, 2010

Ai

It hurts like it never did before, in a way that seems it's never gonna stop. The pain consumes my heart, eats my brain and ties my body up. It's like I'll never be the same again, I probably won't. I feels like dying, only I'm still here to watch everything fall appart. You left again and things just stoppped making any sense. I said I wanted you to be happy, I do, even if it makes me sad all over again. I sould've seen it coming, though, you're special, unique, so someday someone, other than myself, would see that. I can't even write anything close to an explanation for this. Yesterday was like reliving some of the past we didn't remember anymore and it kills me not to know when or if I'm ever gonna see you again. Losing is bad. Worse than anything that's happened before. I feel lost and I don't think I'll be able to find myself any time soon, maybe I don't want to.

Today is gonna be the day
That they're gonna throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you gotta do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now
Backbeat, the word was on the street
That the fire in your heart is out
I'm sure you've heard it all before
But you never really had a doubt
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now
And all the roads we have to walk are winding
And all the lights that lead us there are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how
Because maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall
Today was gonna be the day
But they'll never throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you're not to do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now
And all the roads that lead you there were winding
And all the lights that light the way are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how


Some say you should set the ones you love free, but maybe I love you too much for that. Or maybe it's just bullshit.

22 junho, 2010

Crazy

Tem tantas coisas acontecendo na minha mente que as palavras não se organizam. Tento escrever qualquer coisa que faça sentido e pareço ainda mais maluca. Preciso de um tempo. Organizar minhas ideias, colocar a cabeça no lugar, parar um pouco. Esse ritmo está me enlouquecendo, juro.

13 junho, 2010

As ruas


E se eu pensar que não gosto de você
Será que vai ser mais fácil acordar e não te ver?
Mas continuo a procurar
Uma maneira de mudar nossa rotina
De não ter a mesma vida
Eu nunca sei
Quando vou poder lhe ver
As ruas em que você caminha
Passam bem longe das minhas
Aonde está você?
Se for pra amar o seu retrato
Ficar imaginando os fatos
Prefiro nem viver
Mas quando você aparece
A minha mente sempre esquece
De tudo que jurei
Enquanto você não estava
Eu madrugava pela casa
Procurando você

05 junho, 2010

Entre lençóis

O despertador toca e, sem sequer abrir os olhos, desligo-o. Me estico um pouco, coço a barriga e olho para direita para ter certeza de que tu não és um sonho. Tu estás ali, se movendo devagar com os olhos entreabertos e a cara amassada. Mesmo assim, te enxergo cheio de beleza. Fico te observando enquanto esfregas os olhos e, dessa vez, os abre definitivamente. Tu me vês, enfim, passa o dedo na ponta do meu nariz e sorri. Eu sorrio de volta e ficamos ali, por longos minutos que parecem horas, deitados na cama de casal dos meus pais, dividindo um edredon de solteiro e olhando um para o outro. Sentimo-nos vivos, intensos e completos. Até som dos carros na rua e a luz do dia, que entra pelos buracos da persiana mal fechada, são belos quando é tu quem está ao meu lado. Tento virar para o outro lado para então me levantar, mas tu me segura, me olha fixamente e diz "Fica um pouco". Não consigo te negar nada, então fico. Adormeço novamente e quando acordo tu não estás mais lá, vejo, porém, um lírio e um bilhete "Espero que eu seja teu favorito, como o lírio é, volto mais tarde". Pego o lírio, cheiro-o e meus olhos se enchem de lágrimas. Tu és meu favorito tanto quanto lírios, sorvete de morango ou Londres. Meu amor, meu único, meu meu.



É, meus sonhos dariam ótimos livros.

04 junho, 2010

Nota mil

Eu queria serespaperconfi com você, droga!


- Quanto tempo é um tempo?
- Não sei, um tempo...
- Vou contar até 100...
- Conta até 1000.

03 junho, 2010

A lot like love

I do two

Bem assim.

I do

Sabe quando eu falo em me importar menos? É disso que eu estou falando.

31 maio, 2010

Dois

Eu costumava me comparar com a Samantha, não sei ao certo porquê. Um pouco de ninfomania, extroversão e irreverência? Talvez. Depois de hoje, porém, comecei a me pensar como a Carrie. Tenho sérios problemas com compromissos apesar de sempre estar procurando por eles. Me concentro melhor sozinha, escrevo tudo que penso e preciso fugir de tudo e todos para colocar a cabeça no lugar. Meu humor vai de 0 a 100 em segundos e sempre acho que sapatos me atendem mais que homens. Quase tão materialista quanto sentimental, eu encontro um valor afetivo em tudo que é material e alguma futilidade em tudo que é sensível. Guardo mais amores que rancores e meu passado sempre me balança ou até me derruba. Sou dessas que gosta de diamantes pretos, não usa anel de compromisso, quer toda atenção do mundo mas precisa de uns dias de folga de qualquer coisa, ainda mais de relacionamentos. Faço de conta que não me surpreendo, planejo cada detalhe de cada segundo que eu vou viver, mas um elogio que eu não esperava me derrete toda. Me faço de fria, mas sou tão romântica e bobona quanto qualquer mulher apaixonada. Escrevo sobre ser solteira e encontro verdadeiros infernos em relações sérias. Conheço uns e outros mas passo a vida inteira tentando fazer com que aquele homem que eu amo, meu único, me ame de volta e, quando finalmente consigo, jogo tudo por água abaixo. Tenho amigas inseparáveis e dependo delas para todas as decisões, apesar de sempre fazer o contrário do que elas me aconselham. Gosto das coisas do meu jeito, faço cara feia quando algo me desagrada e sou péssima com mentiras. Faço de tudo para que as coisas não percam o brilho, me esforço até demais. Enjôo de tudo com facilidade, mudo conforme a lua e, às vezes, mais que ela. Digo que não ligo, beijo bocas estranhas, tomo um ou dois drinks, compro vestidos novos, viajo para lugares impressionantes e escrevo cada pedacinho disso em milhões de documentos que dariam um livro. Mas, pensando bem, tudo o que eu queria era nós dois no sofá, vendo filmes em preto e branco com comida pedida em casa. Me and you, just us two. O que há de errado em um sofá, afinal?

Convite

Te proponho uma passagem de ida. Nós dois na classe econômica, um na janela e outro no meio, um bebê chorando no banco de trás e nossos olhos cansados. Tu deitado no meu ombro de olhos fechados e eu narrando o formato das nuvens que vejo através da janela. Nossas duas malas pequenas, cheias de boas lembranças, vontades novas, sentimentos antigos. Nelas vão nossas roupas mal dobradas, meia dúzia de libras perdidas e a esperança de encontrarmos tudo que deixamos para trás em outro lugar. Eu, tu e mais ninguém, um completando o outro em qualquer lugar que não seja aqui. Sapatos velhos, pés sujos, um chafariz onde molhamos as mãos, sanduíches baratos e risadas longas. Nós falando português bem alto só porque ninguém entende, implicando com guardas de trânsito, entrando em restaurantes chiques e pedindo o prato mais caro mesmo sem ter dinheiro para pagar. Fugir desse restaurante, dar voltas e voltas correndo pelas ruas rústicas desse lugar qualquer e depois sentar em um banco velho para respirar. Uma pensão cuidada por uma senhora caduca, um toca discos, lençóis machados e nossa cama de casal improvisada. Eu dormindo com tuas camisas e tu me fazendo cócegas. Passaportes perdidos, telefones desligados, um resto de esmola e felicidade sem tamanho. Só nós, nossas bolsas, o poder e a beleza de nossa juventude. Tudo isso regado com muito amor boêmio. Uma vida inteira em uma mala de mão, sonhos em uma cabeça infantil, lágrimas de alegria e teu mindinho encostando no meu.
Então, vamos?


Freedom is power.

26 maio, 2010

(just like that)

É.

23 maio, 2010

It's amazing how someone can break your heart, but you still love them with all the little pieces.

- Até contigo!
- Sim, mas eu te perdôo.
- Não vai.
- Tenho que ir.
Então ela beijou a ponta do nariz dele e saiu.

You

É.

21 maio, 2010

Like a movie scene

Nós, enfim. Sabe, tenho imagens perfeitas de cada segundo que passamos na minha cabeça, como se fosse um filme em preto e branco, desses antigos e memoráveis. Nesse filme nós somos protagonistas, coadjuvantes, roteiristas e diretores. É daqueles com final surpreendente, conflitos internos, piadas sem graça que nos fazem rir mais que as engraçadas, intimidades, nossas coisinhas, lágrimas de alegria, saudade e reencontro. Ele tem uma fotografia impressionante, efeitos especiais incríveis, um roteiro com altos e baixos e uma direção impecável. Ganharia todos os Oscar's possíveis, sem falar e Cannes e Globo de Ouro. Quando uma coisa é certa, ela é certa, não tem muito como explicar e cada dia que passa eu sinto mais certeza no que nós construímos. Pode não ser perfeito nem cem por cento recíproco, mas é puro e sincero, como tem que ser. Quando estou contigo eu sou toda essência do meu ser, sem medida de palavras, sem preocupações, sem não-me-toques. Só nós dois deitados na cama sem sono, falando besteira e dando risada. Tua mão sobre a minha, pés entrelaçados, o sol nascendo e o som da tua respiração, ninguém me faz sentir tão bem e segura como tu. Nosso filme ainda tem muito roteiro pela frente e nem eu sei o que o destino escreveu nele, desde que estejamos juntos, está bom para mim. Obrigada por existir, meu amor, meu amigo, meu personagem preferido.

16 maio, 2010

Simplesmente

Eu, tu, cobertas, vinho barato, segredos, intimidades. Teu cheiro misturado com o meu na atmosfera mais perfeita que poderia ser criada. Um pacote de cigarros mentolados, histórias com corações partidos, nossa banda preferida, risada e olhos cheios de lágrima. Um violão, um baralho espanhol, olhares tímidos, camisetas trocadas, um quarto bagunçado (mas deixa que eu arrumo), miojo frio, ipod velho. Nossa música, nossa cumplicidade e todos aqueles sentimentos que eu não sei nomear. A saudade indo embora, finalmente, quanto tempo faz mesmo? Piadas internas, conversas malucas, confidências, calor no coração, frio na barriga. É só contigo que isso acontece, e, apesar dos pesares, tudo contigo fica cada vez melhor. Sinto tua falta, te espero, te venero e te amo. As coisas mais simples da vida são apaixonantes quando tu participas delas. Sou tua por inteiro, corpo, alma e espírito. Tu e tudo isso, tu e só.

Wish me luck

Do you hear me
I'm talking to you
Across the water
Across the deep blue ocean
Under the open sky
Oh my, baby I'm trying

Boy I hear you in my dreams
I feel your whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Ohhhohhhohhhohhohhohhhohh

They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I'll wait for you, I promise you I will

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Lucky we're in love in every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music fill the air
I'll put a flower in your hair

Though the breezes through the trees
Move so pretty, you're all I see
As the world keeps spinning round
You hold me right here right now

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Lucky we're in love in every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

quase lá.

12 maio, 2010

Coming back to life

I fucking miss you all the time, how can that be? This feeling, this magical thing inside me that spins around your name, it's stronger than ever. You drive me crazy, but in a good way. I can't think of a single thing that involves you that doesn't feel good. And you're finally coming back, not forever, I know, but what in life is? In my dreams we're always together, in my head you're always here, you never left my heart, not for half a second. It would be better to have you around longer this time, though. I want you so bad it's driving me mad, really. Just get here already, I can't afford any more waiting. I can actually feel you coming, does it sound crazy? Everything I look, hear or smell reminds me of you. I miss you so bad I don't know what else to do. Just promise me you'll hold me tight and stay. We'll drink wine, listen to the music we love, talk nonsense and hug. That's enough for me. Your being here is enough. I need you, I love you.

It won't be long 'til I belong to you.

(deve estar cheio de erros, mas é tudo o que está na minha cabeça agora.)

11 maio, 2010

Way too far

Remembering, everything about my world and when you came. Wondering if the change you'd bring means nothing else would be the same.

Did you know what you we're doing? Did you know? Did you know how you would move me? Well, I don't really think so. But the night came down and swept us away. And the stars, they seemed to paint the most elaborate scene to date.

How could we know? That song, this show. We'd learn so much about ourselves from Toledo to Tokyo. The words were scribed on every page and now there's books up on our shelves.

Did you know how you would move us? Did you know? When the light first came upon us and we saw the Everglow. And the moments magic swept us away. And a young man's dream was almost seen so plain.

When was the night that showed us the sign? Revealed in the sky to leave all behind. But where to begin? Throwing caution to the wind, we reached for the stars. Everything was now ours.

Did you know how you would move me? Did you know? Did you know how you would move me? Well, I don't even think so. But the moments magic swept us away. And it's so close but we're so far away. It's so close but we're so far away




Come back, come back to me.
falta pouco.

05 maio, 2010

As cartas que não vieste buscar

O post abaixo não está ali por acaso. Pois bem, ele foi escrito por um grande amigo que admiro muito e depois de lê-lo construí uma teoria - um pouco extremista, concordo - sobre algumas das relações das quais participo.
Tenho o costume de escrever cartas para as pessoas quando tenho sentimentos significativos por elas, sendo eles positivos ou negativos. Devo ter centenas delas guardadas em todos os cantos e uma ou duas dezenas delas são para ti. Algumas transbordam alegria e outras raiva, mas a maioria delas é cheia de interrogações. Nelas, afirmo repetidas vezes como não consigo te compreender e como teus atos me confundem. Após uma noite mal dormida, um filme esclarecedor e um texto bem escrito, não pude deixar de escrever a última delas.

Caro amigo, beneficiário ou conhecido, tu já não me confundes mais. Apesar do nosso tempo longo de convivência, eu ainda não tinha refletido profundamente sobre o teu funcionamento. Eis que me obriguei a fazê-lo e este é o resultado, a última carta das tantas que não vieste buscar. Tu foste, durante um tempo, um ponte de interrogação. De repente, viraste um ponto de exclamação, mas agora tu estás mais para ponto final. A tua prepotência me revolta e até me anoja. Tu tens tanto medo de relacionamentos que acaba sucumbindo no cinismo e tornando-te uma grande farsa. Quem não te conhece que te compre, por que nem quando o tão temido amor não está envolvido, tu consegues te entregar. Já não sei mais o que te prende, se são origens nas quais eu não estou envolvida ou se é o julgamento dos que te cercam. Cada coisa nova que falas, me faz ter ainda mais certeza de que estás usando uma máscara que tens medo de tirar, porque talvez tenhas esquecido de quem eras antes de colocá-la. Tu tinhas tudo para ser meu number one, mas tu mesmo está te passando para trás. O nosso passado não teria importância, porém parece que cada manobra tua agora tem uma gota de vingança. Tu és muito mais vulnerável e sentimental do que pensas e se não fores, não sei o que ainda fazes perto de mim. Cada dia de nossas vidas tem que ser vivido como o último, certo? Te esforça para sair desse pântano agora, pois, quando a areia movediça começar a te puxar, vai ser tarde demais. Esquece essa pose de insensibilidade e te deixa sentir sem te preocupar com rótulos. Há um tempo eu considerava o que nós tínhamos sagrado, hoje eu escolheria passar o meu último dia bem longe de ti. As coisas devem ter o valor que merecem, e, agora, tu vale tanto quanto essas cartas que tu nunca lerás. Pedaços de papel amassado cheios de declarações de amor e ódio para ninguém. E eu que pensei que as pessoas não mudavam...